O desmame é uma etapa crítica na produção de suínos, com desafios que afetam diretamente a saúde e o desempenho dos leitões. O aumento no número de nascimentos, impulsionado pelos avanços genéticos, impõe ao produtor a necessidade de adotar manejos ainda mais eficientes, capazes de garantir não apenas quantidade, mas principalmente qualidade no desenvolvimento dos animais. “O desafio não é apenas no número de leitões desmamados, mas na qualidade desses animais”, afirma Mara Costa, médica-veterinária e especialista em nutrição de suínos da Kemin.
Essa fase representa uma mudança brusca para os leitões: separação da mãe, introdução de uma nova alimentação e adaptação ao novo ambiente. “O estresse decorrente desse processo provoca destruição das vilosidades intestinais, comprometendo a absorção de nutrientes e causando a diarreia pós-desmame”, explica a especialista. Além disso, o estresse dificulta a ingestão de água e ração, tornando os leitões mais suscetíveis a patógenos e impactando negativamente seu crescimento.
Segundo Mara, os primeiros sete dias após o desmame são determinantes para o desempenho produtivo dos animais. “A capacidade de adaptação ou recuperação nessa fase é decisiva para o ganho de peso e o tempo até o abate”, reforça.
Manejo preventivo e alimentação balanceada são fundamentais
A redução dos impactos do desmame começa ainda com o manejo das matrizes. A saúde e a nutrição da porca influenciam diretamente a qualidade do colostro e, consequentemente, a imunidade dos leitões. “A matriz precisa estar bem nutrida e saudável para garantir a robustez dos filhotes no momento do desmame”, destaca Mara Costa.
A introdução gradual da alimentação sólida, por meio da ração do tipo creep feeding, é outra prática essencial. Ela contribui para a adaptação do sistema digestivo dos leitões antes da transição definitiva da dieta. “Esse preparo alimentar evita mudanças bruscas, que prejudicam o desempenho e o bem-estar dos animais”, observa a especialista.
Além disso, a utilização de aditivos nutricionais contribui significativamente para o fortalecimento da imunidade e da saúde intestinal. “Soluções nutricionais específicas são aliadas importantes para reduzir perdas de desempenho e garantir uma transição alimentar mais suave”, afirma Mara.
Soluções específicas para matrizes e leitões
Entre as soluções voltadas às matrizes, os beta-glucanos de algas – presentes em aditivos desenvolvidos pela Kemin – colaboram com a produção de colostro de maior qualidade, fortalecendo a imunidade passiva dos leitões. Já o KemTRACE™ Cromo melhora a digestibilidade dos alimentos e a absorção de nutrientes, refletindo positivamente na produção de leite e na saúde dos filhotes.
No caso dos leitões, a Kemin disponibiliza um portfólio completo de produtos adequados às necessidades de cada rebanho. O probiótico CLOSTAT® favorece a saúde intestinal e reduz a incidência de patógenos como o Clostridium. Já o KEMZYME™ Protease potencializa a digestão de farelo de soja e outras fontes proteicas, auxiliando na absorção de nutrientes e na neutralização dos fatores antinutricionais presentes nesses ingredientes.
Outros produtos como ALETA™ – que melhora a resposta imunológica – e ENTEROSURE®, voltado ao equilíbrio da microbiota intestinal, também se destacam. Por sua vez, os butiratos de cálcio de liberação controlada, presentes no ButiPEARL™, fornecem energia para a regeneração intestinal, contribuindo para um crescimento mais rápido e saudável.
Sustentabilidade e eficiência produtiva
As estratégias de manejo e suplementação nutricional descritas são respaldadas por pesquisas e testes de campo, comprovando sua eficácia na redução dos impactos negativos do desmame. Além disso, possibilitam uma produção mais equilibrada, com menor necessidade do uso de antibióticos, alinhando-se às práticas sustentáveis exigidas pelo mercado atual.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio