Dólar recua com tensões comerciais entre China e EUA e inflação sob controle no Brasil

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Dólar abre em baixa influenciado por retaliações comerciais e dados internos

Nesta sexta-feira (11), o dólar iniciou o dia em queda, influenciado por um novo capítulo na disputa comercial entre China e Estados Unidos e pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que veio dentro das expectativas do mercado brasileiro.

Às 9h06, a moeda norte-americana registrava recuo de 0,86%, sendo negociada a R$ 5,8480. Na sessão anterior, a divisa havia subido 0,92%, fechando cotada a R$ 5,8987. Com esse movimento, o dólar acumula alta de 1,08% na semana, avanço de 3,38% no mês e queda de 4,55% no ano.

China responde a tarifas dos EUA com novas medidas

O principal fator que impactou os mercados nesta manhã foi a nova retaliação da China às medidas tarifárias do governo dos Estados Unidos. O Ministério das Finanças chinês anunciou o aumento das tarifas sobre produtos norte-americanos, elevando as alíquotas de 84% para 125%. A medida é uma resposta direta às ações recentes do presidente Donald Trump.

Na véspera, os Estados Unidos haviam confirmado a elevação das tarifas impostas à China para um total de 145%, considerando aumentos anteriores, incluindo uma tarifa de 20% aplicada anteriormente sobre produtos contendo fentanil. O presidente norte-americano afirmou, durante pronunciamento, que as tarifas recíprocas contra países que não retaliaram a política de Washington seriam reduzidas para 10% pelo prazo de 90 dias — com exceção da China.

A escalada na guerra tarifária aumenta a tensão entre as duas maiores economias do mundo e gera preocupação com os efeitos sobre o comércio internacional e a inflação global.

IPCA avança 0,56% em março, dentro das expectativas

No cenário doméstico, o mercado financeiro também repercutiu a divulgação do IPCA de março. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial do país teve alta de 0,56% no mês, resultado que veio em linha com as projeções dos analistas.

O dado, por estar dentro do previsto, não gerou pressões adicionais sobre o câmbio e contribuiu para o alívio observado na cotação do dólar nesta manhã.

Ibovespa inicia o dia após forte queda na véspera

O principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, começa suas operações às 10h, após registrar uma retração de 1,13% no pregão anterior, encerrando aos 126.355 pontos. Com o desempenho da véspera, o índice acumula queda de 2,61% na semana e recuo de 4,86% no mês, ainda com alta de 3,03% no ano.

Impactos da guerra comercial nos mercados globais

As tensões comerciais entre China e Estados Unidos têm gerado instabilidade nos mercados internacionais. O aumento de tarifas gera incertezas quanto ao desempenho das economias globais, além de pressionar os preços, contribuindo para uma possível elevação da inflação.

Com produtos mais caros, há o risco de queda no consumo das populações e retração no comércio internacional, fatores que alimentam os temores de uma recessão econômica em escala global. A continuidade desse impasse pode ter efeitos prolongados e significativos sobre os fluxos de investimento e o crescimento econômico nos próximos trimestres.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio