Apesar da preocupação com os atuais preços pagos pela saca de 50 quilos de arroz, a safra 2024/2025 apresenta bons níveis de produtividade, o que é essencial para compensar os elevados custos de produção. A avaliação é do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho.
Segundo o dirigente, mesmo com o cenário de preços desfavoráveis, fatores externos podem trazer competitividade ao arroz produzido no Rio Grande do Sul. Entre eles, destaca-se a redução estimada entre 10% e 15% na produção da safra norte-americana, além da baixa qualidade do arroz colhido no norte do Brasil, o que pode aumentar a demanda por grãos do Sul.
No mercado internacional, Velho aponta uma demanda consolidada de países como Nicarágua, Panamá, México e Costa Rica, o que deve resultar em bons volumes de exportação via porto. “Destaco especialmente a Costa Rica, que deve confirmar a compra de mais de 200 mil toneladas de arroz brasileiro entre abril e junho”, afirma.
Outro ponto relevante, segundo o presidente da Federarroz, é que o maior volume de soja colhida este ano em áreas tradicionalmente destinadas ao arroz pode oferecer ao produtor uma alternativa de comercialização. Isso permitirá regular melhor a oferta de arroz ao mercado. “O produtor precisa entender que o momento ideal para vender é quando há compradores ativos, e não quando o mercado está sem liquidez. É preciso cautela nesse momento”, orienta.
Por fim, com a colheita da soja avançando em áreas arrozeiras e a confirmação de negócios com o Porto de Rio Grande, a expectativa entre os produtores do Rio Grande do Sul é de que o cenário de mercado mude de forma positiva nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio