Filme plástico ideal para estufas impulsiona produtividade e reduz perdas no cultivo protegido

0
22

A agricultura protegida, por meio do uso de estufas, tem se consolidado como uma alternativa eficiente em diversas regiões do Brasil, sobretudo naquelas com condições climáticas adversas. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), essa técnica pode elevar a produtividade em até 30% e estender os ciclos produtivos. Contudo, para alcançar esses benefícios, é fundamental atentar-se à escolha do filme plástico utilizado na cobertura das estufas.

Essa decisão deve fazer parte do planejamento estratégico do produtor, como destaca Bruno Rossafa, técnico em plasticultura e especialista da Nortène, formado em Ciências Agrícolas. Segundo ele, o filme plástico tem papel que vai muito além da simples proteção contra intempéries. “Essa escolha impacta diretamente na sustentabilidade do sistema produtivo. Existem opções variadas no mercado, de acordo com o tipo de cultura, clima e tecnologias empregadas. Saber quais critérios considerar é essencial para potencializar os resultados e reduzir os custos operacionais”, afirma.

Dados da Associação Brasileira de Horticultura (ABH) apontam que a utilização de estufas com filmes tecnológicos pode reduzir as perdas em até 25%, principalmente em culturas de alto valor agregado, como tomate, pimentão e flores ornamentais. Para garantir esse desempenho, o produtor deve levar em conta diversos fatores na hora da escolha.

Critérios técnicos para a escolha do filme

Um dos principais aspectos a serem considerados é o tipo de cultura cultivada. “Hortaliças como alface e tomate exigem maior controle térmico e elevada transmissão de luz difusa. Já no caso de flores ornamentais, é necessário optar por filmes que filtrem determinados comprimentos de onda e que ofereçam proteção contra queimaduras solares”, explica Rossafa.

As condições climáticas da região também são determinantes. Em locais com alta incidência solar, por exemplo, o ideal é utilizar filmes com proteção contra raios ultravioleta (UV), que além de protegerem as plantas do estresse térmico, aumentam a durabilidade do material. Já em regiões com ventos intensos ou chuvas fortes, é imprescindível investir em filmes com elevada resistência mecânica para preservar a estrutura da estufa e evitar prejuízos.

Sustentabilidade e durabilidade do material

Outros critérios relevantes são a durabilidade e o impacto ambiental do produto. Filmes tratados contra radiação UV costumam ter vida útil mais longa, o que diminui a necessidade de substituições frequentes. Além disso, materiais que podem ser reutilizados em outras aplicações ou reciclados ao fim do seu ciclo de uso são ideais para produtores comprometidos com práticas sustentáveis.

“Temos observado, na prática, que investir em um filme de qualidade gera um retorno expressivo. Ele contribui para a proteção da lavoura, reduz perdas e ainda auxilia na conservação de recursos naturais, como água e energia”, pontua o especialista da Nortène.

Benefícios das estufas com filme adequado

O uso correto de filmes plásticos em estufas oferece diversas vantagens. A alta transmissão de luz, por exemplo, estimula o crescimento das plantas, garantindo uma iluminação uniforme e minimizando áreas sombreadas. O controle térmico é outro benefício essencial, pois permite manter a temperatura estável, refletindo o calor durante o dia e retendo-o durante a noite, protegendo as culturas de variações bruscas.

Além disso, a resistência mecânica do material assegura a integridade das estufas mesmo em condições climáticas severas. Já os tratamentos com propriedades antigotejo evitam o acúmulo de gotas de água nas superfícies internas, o que melhora a transmissão de luz e reduz a umidade sobre as folhas — fator que contribui para a prevenção de pragas e doenças.

Com a escolha correta do filme plástico, o agricultor amplia sua produtividade, melhora a qualidade da produção e ainda adota práticas que favorecem a sustentabilidade no campo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio