As tarifas generalizadas anunciadas na quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representam um risco significativo para a economia global em um momento de crescimento econômico desacelerado. O alerta foi feito nesta quinta-feira pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, em um comunicado oficial.
Georgieva ressaltou a necessidade de evitar medidas que possam intensificar a fragilidade econômica mundial e apelou para que os Estados Unidos e seus parceiros comerciais busquem soluções construtivas para reduzir as tensões no comércio global.
“Ainda estamos avaliando as implicações macroeconômicas das medidas tarifárias anunciadas, mas elas claramente representam um risco significativo para as perspectivas globais em um momento de crescimento lento”, afirmou a diretora do FMI, em sua declaração mais contundente até o momento sobre os impactos das ações comerciais norte-americanas.
Georgieva reforçou a importância de evitar iniciativas que possam comprometer ainda mais a economia mundial. “Apelamos aos Estados Unidos e seus parceiros comerciais para que trabalhem de forma construtiva na resolução das tensões comerciais e na redução da incerteza”, declarou.
O FMI divulgará uma análise detalhada sobre os impactos das tarifas durante a atualização das Perspectivas Econômicas Mundiais, prevista para as reuniões entre 21 e 26 de abril, em Washington, D.C., evento que reunirá membros e acionistas do FMI e do Banco Mundial.
Na segunda-feira, em entrevista à Reuters, Georgieva já havia alertado que a pressão de Trump por tarifas mais amplas estava aumentando a incerteza global e afetando a confiança dos mercados. No entanto, ela afirmou não considerar provável que essas medidas desencadeiem uma recessão no curto prazo.
Na ocasião, a diretora do FMI indicou que a instituição deve revisar ligeiramente para baixo suas previsões econômicas, mas reforçou que “não vemos uma recessão no horizonte”.
As tarifas anunciadas pelos Estados Unidos superaram as projeções dos especialistas em comércio, intensificando preocupações sobre os desdobramentos dessa política para a economia global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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