O mais recente Informativo Conjuntural, divulgado na última quinta-feira (3) pela Emater/RS-Ascar, apresenta um panorama atualizado da fruticultura no Rio Grande do Sul, destacando os avanços proporcionados pelas chuvas e pelas práticas de manejo adotadas pelos produtores em diferentes regiões do estado.
Na região administrativa de Ijuí, os pomares de laranja e bergamota de cultivares precoces entraram na fase de maturação. Os agricultores intensificaram o controle de pragas como mosca-das-frutas, ácaros e da doença conhecida como pinta-preta. Ainda assim, os efeitos da estiagem anterior provocaram a queda de frutos ainda verdes, comprometendo parte da produção.
Quanto ao cultivo do morango de dias neutros, a produtividade segue em níveis reduzidos. A poda de folhas vem sendo realizada regularmente, e mudas importadas da Espanha já foram transplantadas — embora a área plantada permaneça limitada. Conforme levantamento da Emater, os preços médios praticados na região são de R$ 2,50 por quilo para a bergamota, R$ 3,00 para a laranja e R$ 30,00 para o morango.
Em Santa Rosa, as precipitações recentes beneficiaram o desenvolvimento das frutíferas e permitiram a realização dos tratos culturais adequados a cada espécie. As principais culturas da região — como pessegueiro, ameixeira, macieira e videira — encontram-se no período de senescência foliar. Os produtores têm investido em adubações de reposição para restabelecer os nutrientes extraídos durante o ciclo produtivo, além de realizar o raleio de frutos em citros, podas sanitárias em amoreiras e morangueiros, e tratamentos contra ácaros, que proliferam com a baixa umidade do ar.
Diversas espécies já estão em colheita, entre elas o figo — em sua fase final —, a bergamota da variedade precoce Satsuma Okitsu e os caquis das cultivares Fuyu, Kioto, Taubaté e Rama Forte. A produção local é destinada, majoritariamente, ao consumo das famílias rurais e à comercialização por meio de programas institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Nas videiras, os produtores realizam aplicações de cobre foliar, visando o acúmulo de reservas na fase vegetativa pós-colheita.
Já na região de Pelotas, a colheita do figo prossegue apenas nas áreas irrigadas. Nas demais, a safra já foi concluída, com rendimento médio de 10 toneladas por hectare. A colheita da melancia também foi finalizada, apresentando bom desempenho produtivo. No caso da uva, o ciclo foi encerrado com rendimentos que variaram entre 10 e 35 toneladas por hectare, de acordo com dados locais. No momento, os agricultores se dedicam à limpeza dos pomares e à aplicação de fungicidas, com o objetivo de preservar a folhagem e favorecer a formação de reservas para o próximo ciclo. Pequenos volumes de frutas ainda permanecem armazenados em câmaras frias, com vistas à comercialização futura. Na região, também seguem os cadastros vitícolas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio