Futuros em Wall Street desabam com temor de recessão e escalada tarifária dos EUA

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Os contratos futuros dos principais índices acionários norte-americanos registravam fortes quedas nesta segunda-feira (data do texto original), refletindo a crescente deterioração dos mercados após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que pretende manter a imposição de tarifas à China até que o déficit comercial norte-americano seja resolvido.

Os futuros do S&P 500 recuavam mais de 20% em relação ao pico registrado em fevereiro, o que indica, tecnicamente, a entrada do índice de referência em um “bear market” — termo utilizado para descrever um mercado em queda acentuada e prolongada. Caso o índice feche com esse desempenho, confirmará a tendência de baixa iniciada há dois meses.

Em declarações feitas a repórteres no domingo, Trump afirmou que os investidores devem estar dispostos a suportar os impactos econômicos decorrentes de suas medidas comerciais, reforçando que não pretende retomar as negociações com a China até que o desequilíbrio comercial entre os dois países seja sanado.

Desde o anúncio das tarifas, o índice S&P 500 acumula queda de 10,5% em apenas duas sessões, resultando em uma perda estimada de quase US$ 5 trilhões em valor de mercado — a mais expressiva para um intervalo de dois dias desde março de 2020.

No início desta segunda-feira, os futuros do S&P 500 recuavam 1,97%, enquanto os contratos do Nasdaq 100 caíam 2,15% e os do Dow Jones apresentavam baixa de 2,02%. A forte pressão vendedora já empurrou o Nasdaq para um mercado baixista, e o Dow Jones acumula perda superior a 10% em relação à sua máxima de fechamento.

Com o agravamento das tensões comerciais, aumentam as apostas do mercado financeiro em uma possível redução da taxa básica de juros pelo Federal Reserve já no mês de maio. De acordo com dados de mercado, as chances de um corte na taxa foram estimadas em 54%.

A semana também será marcada pela divulgação de diversos indicadores econômicos relevantes, com especial atenção para os dados de inflação ao consumidor (CPI) previstos para quinta-feira, que devem fornecer pistas adicionais sobre os rumos da política monetária norte-americana.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio