Ao longo da história do Brasil, a agricultura sempre desempenhou papel central no processo de ocupação territorial e desenvolvimento econômico. Hoje, esse protagonismo se reflete no agronegócio, setor que reúne diversas atividades interligadas e que continua a ser um dos pilares da economia nacional.
Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio apresentou crescimento de 4,48% no quarto trimestre de 2024, encerrando o ano com alta acumulada de 1,81% em comparação com 2023.
Projeções otimistas para 2025
As perspectivas para 2025 seguem positivas. De acordo com o Broadcast Agro, a expectativa é de que o PIB do setor avance entre 2,5% e 6%, impulsionado principalmente pela maior produção de grãos, como soja e milho, cuja colheita deve alcançar 322,42 milhões de toneladas.
Esse crescimento está diretamente associado à intensificação do uso de tecnologias no campo. Embora o processo de modernização tenha se iniciado na década de 1960, com a chamada Revolução Verde e o uso de sementes geneticamente melhoradas, os avanços tecnológicos atuais atingem patamares inéditos com a chamada agricultura 5.0.
Tecnologia como aliada da produtividade
A agricultura 5.0 se destaca pelo uso de inteligência artificial, sensores de alta precisão e drones, que permitem um monitoramento detalhado das lavouras e uma aplicação eficiente de insumos. Tais recursos não apenas ampliam a produtividade, mas também contribuem para a sustentabilidade do sistema produtivo.
Nesse contexto, a agricultura de precisão aparece como uma tendência sólida para o próximo ano, em conjunto com a agricultura regenerativa, que busca restaurar a saúde do solo e recuperar nutrientes após cultivos intensivos. Essa abordagem influencia diretamente práticas como irrigação eficiente e controle fitossanitário, reduzindo perdas e elevando o rendimento.
Incentivos e sustentabilidade no campo
Práticas como rotação de culturas, plantio direto e integração lavoura-pecuária-floresta, características da agricultura regenerativa, têm sido incentivadas por políticas públicas, como o Plano Safra 2024/2025, que oferece crédito específico a produtores que adotam técnicas conservacionistas.
Além disso, o avanço da medicina veterinária no contexto agropecuário também tem contribuído significativamente para a inovação no setor. Estudos e tecnologias voltadas à genética animal, ao desenvolvimento de vacinas e ao uso de biotecnologia vêm elevando a qualidade dos produtos de origem animal e a saúde dos rebanhos.
Um setor cada vez mais tecnológico e sustentável
Diante desse cenário, é possível afirmar que o agronegócio brasileiro está cada vez mais consolidado como um setor de alta tecnologia, combinando inovação, ciência e sustentabilidade. Em 2025, a tendência é que essas transformações continuem a moldar o cotidiano dos produtores, promovendo não apenas o aumento da produtividade, mas também a valorização de práticas conscientes na gestão dos recursos naturais, essenciais à longevidade da atividade agropecuária.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio