Número de vítimas de violência nas escolas brasileiras mais do que triplicou em 10 anos

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Entre 2013 e 2023, o número de vítimas de violência nas escolas brasileiras mais do que triplicou, passando de 3,7 mil para 13,1 mil.

Os números são de levantamento feito pela Revista Pesquisa Fapesp com base em dados do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania.

Os casos envolvem alunos, professores e outros membros da comunidade escolar.

Um dos dados mais impactantes é o da violência autoprovocada, que aumentou 95 vezes.

Entre as ocorrências, ao menos duas mil e 200 envolveram automutilação, autopunição, ideação suicida, tentativas de suicídio e suicídios.

De modo geral, o Ministério da Educação reconhece quatro tipos principais de violência nas escolas: ataques extremos, que são os casos de ataques premeditados e letais, violência interpessoal, aqueles que envolvem hostilidade e discriminação entre alunos e professores, bullying e violência institucional, que é o tipo de violência cometida pela própria escola contra alunos e professores. Por exemplo, quando um material utilizado em sala de aula desconsidera questões de diversidade racial e de gênero.

Também são considerados casos de violência escolar aqueles registrados no entorno das escolas, como tráfico e assaltos.

Os responsáveis pelo levantamento apontam como causas principais para o aumento da violência escolar a desvalorização dos professores, a tolerância com discursos de ódio e a falta de preparo das secretarias de Educação para lidar com problemas como racismo e misoginia, por exemplo.