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Nutrição estratégica: suplementação mineral e dieta equilibrada impulsionam produtividade e saúde dos bovinos

Com sistemas de produção cada vez mais exigentes, garantir uma dieta equilibrada e completa para bovinos deixou de ser uma recomendação e tornou-se uma exigência inegociável para o sucesso na pecuária. Dentro desse contexto, a suplementação mineral correta se destaca como um dos pilares fundamentais não apenas para maximizar a produtividade, mas também para assegurar a saúde e o bem-estar dos animais, além de influenciar diretamente nos resultados financeiros das propriedades rurais.

Afinal, o que é uma suplementação mineral correta?

Segundo Gustavo Tanuri Lotti, analista técnico comercial da Quimtia Brasil — uma das principais indústrias do setor de nutrição animal —, há um equívoco comum entre produtores ao acreditarem que suplementar consiste apenas em oferecer suplementos no cocho. “É possível que um animal seja suplementado e, ainda assim, não receba a suplementação correta”, alerta.

Para Lotti, a suplementação mineral deve ser personalizada, considerando variáveis como o sistema de criação (pasto ou confinamento), a fase de vida do animal (cria, recria ou terminação), sexo, peso e o objetivo de produção (carne ou leite). A formulação precisa levar em conta tanto as exigências nutricionais dos animais quanto as deficiências específicas do ambiente, como a composição nutricional do pasto local.

Por que o pasto não é suficiente?

Embora o pasto seja a principal fonte de volumoso para os bovinos, ele raramente supre todas as exigências em minerais, energia e proteína. “A suplementação se torna praticamente obrigatória, já que a dieta fornecida naturalmente dificilmente atende de forma completa às necessidades do rebanho”, ressalta Lotti.

A ciência por trás do cocho

A suplementação mineral é geralmente administrada por via oral, por meio de cochos específicos. Esses suplementos podem ser ofertados de forma isolada ou incorporados à dieta total, como ocorre nos sistemas de confinamento. As formulações variam desde suplementos minerais prontos até composições mais complexas, com ureia, aditivos, proteínas e fontes energéticas.

Essas combinações são desenvolvidas com base em cálculos nutricionais rigorosos. Por isso, Lotti recomenda que a formulação seja sempre realizada por um profissional especializado, como um médico-veterinário ou zootecnista. “Não se trata de achismo. A nutrição animal é uma ciência exata que exige conhecimento técnico, análise de consumo, tipo de propriedade e metas de desempenho”, reforça.

O custo da negligência nutricional

Ignorar a importância da mineralização adequada pode trazer prejuízos significativos. O especialista alerta que desequilíbrios nutricionais podem causar enfermidades como hipocalcemia, timpanismo, acidose ruminal, falhas no crescimento e até problemas reprodutivos. Em última instância, tudo isso se converte em perdas financeiras para o produtor.

Benefícios visíveis e valorização do produto final

Os resultados da suplementação correta são evidentes. Animais bem nutridos apresentam estrutura óssea adequada, boa formação muscular, pelagem brilhante e sistema imunológico fortalecido, o que reduz a incidência de doenças. “A gente percebe a diferença. Até o consumidor final nota: a carne fica mais vermelha, com aparência mais suculenta e atrativa no ponto de venda”, afirma Lotti.

No caso de vacas leiteiras, os ganhos também são significativos. A nutrição equilibrada impacta diretamente na qualidade do leite, elevando os teores de gordura e proteína — aspectos que podem garantir bonificações junto aos laticínios. “A genética e o manejo influenciam, mas a nutrição é determinante”, conclui o especialista.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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