Páscoa mais cara: chocolate sobe 9,5% e peixes seguem tendência de alta

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Franciele Mota

Os ovos de Páscoa estão, em média, 9,5% mais caros este ano, em relação aos preços do ano passado.

É o que revela um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Fipe.

Essa alta de 9,5% é parte do aumento de 43% acumulado nos últimos 3 anos.

De acordo com a Fipe, o maior aumento dos tradicionais ovos de chocolate foi registrado entre 2022 e 2023, quando a alta chegou a 18,6%.

Já entre 2023 e 2024, o aumentou foi menos intenso e ficou na casa de 10,3%.

A principal explicação para os reajustes é a chamada crise do cacau. Esse é um problema global que afeta a produção, principalmente por causa de questões climáticas, que causaram queda na oferta mundial do cacau, fazendo os preços dispararem,

Só em 2024, para se ter uma ideia, o preço do cacau mais do que dobrou, com alta de 135%.

O cacau fechou 2024 como uma das matérias-primas agrícolas mais caras do mundo.

Além dos ovos de Páscoa, outros itens típicos da data também encareceram de maneira significativa. A barra de chocolate, por exemplo, disparou 27% e os bombons encareceram quase 14%.

Vale registrar também a alta dos peixes. Como a demanda aumenta nesta época, os preços também tendem a subir. O bacalhau, por exemplo, subiu 3,9% em relação ao ano passado; a merluza e o cação ficaram pouco mais de 6% mais caro, o camarão, 2,6% e o preço da sardinha avançou 2%. Já o peixe corvina e a pescada foram os que menos encareceram, com altas que não chegam a 1%.