A região Sul do Brasil destaca-se como um dos principais polos agrícolas do país, especialmente na demanda por tratores de menor porte, reflexo direto do perfil fundiário da região. De acordo com um levantamento realizado em fevereiro de 2025 pela EEmovel Agro — empresa especializada em inteligência de mercado voltada ao agronegócio — os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul somam 858.997 propriedades rurais com áreas de até 200 hectares, concentrando a maior parte das pequenas e médias propriedades do país.
Esse número é 47,28% superior ao total registrado em nove estados juntos — São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão e Piauí. A diferença torna-se ainda mais expressiva quando se observa apenas as propriedades com áreas entre 1 e 50 hectares: a região Sul abriga 808.807 estabelecimentos deste porte, enquanto os outros estados analisados totalizam 486.457 — praticamente a metade.
Dados estratégicos para o setor agrícola
Com esse panorama, empresas do setor agrícola que buscam expandir sua presença no mercado encontram no Sul do país um ambiente altamente promissor, especialmente para a comercialização de maquinários e soluções voltadas a propriedades de menor escala. Para Luiz Almeida, diretor de operações da EEmovel Agro, a segmentação detalhada do mercado rural — levando em consideração aspectos como localização, tamanho da propriedade e tipo de cultivo — é fundamental para a identificação de oportunidades de negócio. “Com informações precisas, as empresas conseguem tomar decisões mais acertadas e direcionar melhor seus investimentos”, afirma.
A pesquisa também aponta perspectivas positivas para os próximos anos. Segundo o levantamento, a área plantada com soja deverá crescer, em média, 9% nos próximos cinco anos, enquanto a produção pode avançar até 30,65%.
Tecnologia e inteligência de mercado como aliadas do crescimento
A plataforma da EEmovel Agro tem se consolidado como ferramenta estratégica para empresas do agronegócio, não apenas por fornecer dados sobre o número de propriedades, mas também por permitir o cruzamento dessas informações com características específicas das áreas, como tipo de solo, inclinação do terreno e culturas predominantes. “Essa análise mais aprofundada permite identificar com clareza as melhores oportunidades de mercado, otimizando os recursos e aprimorando a eficácia das estratégias comerciais”, explica Almeida.
Diante de um setor em constante transformação, a aplicação de inteligência de mercado torna-se cada vez mais essencial. “A compreensão do perfil das propriedades e das culturas plantadas possibilita uma abordagem comercial mais precisa, com economia de tempo e investimento”, reforça o executivo.
A necessidade de evolução tecnológica no setor também é evidenciada por outro estudo citado pela EEmovel Agro. De acordo com pesquisa realizada pela TOTVS, em parceria com a H2R Insights & Trends, apenas uma parcela reduzida das empresas do agronegócio apresenta alto grau de maturidade digital. Isso revela um amplo espaço para o avanço tecnológico e para a adoção de soluções baseadas em dados dentro do setor agrícola.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio