Pico da Colheita de Caqui no Sul de Minas: Expectativa de Produção e Desafios Climáticos

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A colheita em Turvolândia

A colheita do caqui segue a todo vapor em Turvolândia, município localizado no Sul de Minas, que se destaca como o maior produtor dessa fruta no estado. Em 2025, a expectativa é de uma produção aproximada de 2.000 toneladas, conforme dados da Emater-MG. O período de colheita se estende até o mês de junho, com pico de produção entre os meses de abril e maio.

Impactos climáticos na safra

Entretanto, a safra de 2025 será menor, com uma redução estimada em 20% devido a fatores climáticos adversos. De acordo com Fábio Firmo, extensionista da Emater-MG, o intenso calor no final de 2024, a escassez de chuvas e uma recente queda de granizo prejudicaram algumas lavouras no município, afetando a produção. Atualmente, Turvolândia conta com 200 hectares plantados com caqui, sendo responsável por cerca de 50% da produção do estado.

Troca de experiências e capacitação

Recentemente, a Emater-MG, em parceria com a Cooperativa Agrícola do Sul de Minas (Casm), organizou um dia de campo sobre a cultura do caqui, evento que reuniu cerca de 100 participantes, incluindo produtores, compradores e representantes do setor agropecuário. O objetivo do evento foi promover a troca de experiências e oferecer aprimoramento técnico para os produtores locais. Deny Sanábio, coordenador técnico de Fruticultura da Emater-MG, destacou que a região possui uma forte tradição na produção da fruta, consumida principalmente in natura. Ele também ressaltou que os agricultores locais diversificam suas produções, cultivando outras frutas com safras em diferentes períodos, o que garante uma distribuição de renda mais equilibrada ao longo do ano.

Importância do planejamento e do cooperativismo

Deny Sanábio enfatizou a importância de um bom planejamento na gestão dos negócios agrícolas, especialmente para evitar a concentração de trabalho e gastos em períodos específicos. O coordenador defendeu a fruticultura como uma excelente opção de diversificação agrícola e um motor para o desenvolvimento regional. Marcelo Batista, gerente da Casm, complementou que o cooperativismo desempenha papel crucial na expansão da atividade. “O cooperativismo agrega valor à venda, facilita o acesso aos mercados e reduz custos operacionais para os produtores”, afirmou Marcelo. Atualmente, o preço do caqui comercializado em Turvolândia gira em torno de R$ 2,00 por quilo.

Diversificação na produção fruticultura de Turvolândia

Além do caqui, os agricultores de Turvolândia cultivam uma variedade de outras frutas, como abacate, ameixa, atemóia, goiaba, laranja, pêssego e lichia. Segundo Fábio Firmo, a produção de frutas na região teve início com a colonização japonesa nos anos 70, e desde então, o município se consolidou como um polo fruticultor. As frutas produzidas em Turvolândia são comercializadas em mercados de São Paulo, Belo Horizonte, Espírito Santo, Nordeste e até exportadas, como no caso da atemóia, que tem destino ao Canadá.

Mercado de caqui no Brasil

A maior parte da produção de caqui no Brasil destina-se ao consumo in natura, mas a fruta também é utilizada para a fabricação de vinagre e passas, produtos especialmente apreciados pela comunidade de descendentes de japoneses. De forma geral, uma planta adulta, quando cultivada em pomares bem manejados, pode produzir entre 100 a 150 kg de frutos por ano. A colheita do caqui ocorre quando os frutos perdem a coloração verde e adquirirem uma tonalidade amarelo-avermelhada, indicando seu ponto ideal de consumo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio