Algodão perde espaço para o milho na nova safra americana
O plantio de algodão nos Estados Unidos para a safra 2025/2026 começou em ritmo mais lento do que nos anos anteriores, conforme aponta o boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado nesta segunda-feira (14). Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que, até o último domingo (13), apenas 5% da área estimada para a cultura havia sido semeada, um avanço de apenas um ponto percentual em relação à semana anterior.
Apesar da leve progressão, o número representa um atraso de três pontos percentuais em comparação ao mesmo período da safra anterior e também está abaixo da média registrada nos últimos cinco anos.
Menor área desde 2016/2017
A estimativa do USDA é de que a área total cultivada com algodão nesta safra seja de 3,99 milhões de hectares, o que representa uma queda de 11,76% em relação à safra 2024/2025. Caso essa previsão se confirme, será a menor área dedicada ao algodão no país desde a temporada 2016/2017.
De acordo com o relatório do USDA, o principal fator por trás dessa retração é a melhor rentabilidade de outras culturas, em especial o milho. “A rentabilidade mais favorável do milho frente ao algodão tem incentivado os produtores a optarem pela troca de cultivo”, destaca o documento.
Condições climáticas desfavoráveis também pesam
Além da questão econômica, as condições climáticas adversas também têm limitado a expansão da área destinada ao algodão. A seca, que já impactou safras anteriores, permanece como um fator de risco relevante.
Segundo o monitoramento da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), há expectativa de persistência da seca ao longo de abril, especialmente no oeste do país — região que concentra grande parte da produção algodoeira. O Imea alerta que, se esse cenário se confirmar, o ritmo de plantio e o desenvolvimento das lavouras poderão ser seriamente comprometidos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio