O mercado de milho encerrou mais uma semana sob influência de um viés negativo nos preços. Ainda que os produtores tenham mantido uma oferta significativa do cereal, os avanços nas negociações seguiram de forma comedida. Segundo dados da Safras Consultoria, fatores como a instabilidade no cenário global e a forte oscilação do dólar inibiram o apetite dos compradores, que aguardam um momento mais favorável para atuar com maior intensidade.
A perspectiva climática para o desenvolvimento da segunda safra de milho, além do comportamento dos contratos futuros e das condições do mercado internacional, deve continuar a orientar os investidores no curto prazo.
No cenário externo, embora persistam as preocupações com a disputa comercial relacionada às tarifas dos Estados Unidos, a Bolsa de Chicago registrou valorização ao longo da semana. Esse movimento foi impulsionado pelos cortes acima do esperado nos estoques finais da safra 2024/25, tanto nos Estados Unidos quanto globalmente, conforme atualização do Departamento de Agricultura norte-americano (USDA).
Preços no mercado interno
No mercado físico brasileiro, o preço médio da saca de milho foi cotado a R$ 80,75 no dia 10 de abril, representando uma retração de 1,70% em relação aos R$ 82,15 registrados na semana anterior.
Em algumas praças produtoras, o comportamento de queda também foi observado:
- Cascavel (PR): R$ 76,00 por saca, recuo de 2,56% frente aos R$ 78,00 da semana anterior.
- Campinas/CIF (SP): R$ 89,00, queda de 1,11% em relação aos R$ 90,00 praticados anteriormente.
- Mogiana (SP): Preço da saca caiu de R$ 87,00 para R$ 86,00, redução de 1,15%.
- Rondonópolis (MT): Cotação manteve-se em R$ 83,00, representando uma leve queda de 1,2%.
- Erechim (RS): Saca foi negociada a R$ 76,00, queda expressiva de 3,8% frente aos R$ 79,00 da semana passada.
- Uberlândia (MG): Preço estável, com a saca mantida em R$ 80,00.
- Rio Verde (GO): Sem variações, mantendo-se em R$ 82,00.
Desempenho das exportações
As exportações brasileiras de milho somaram US$ 2,302 milhões nos primeiros quatro dias úteis de abril, com média diária de US$ 575,5 mil. No período, o país embarcou 9,898 mil toneladas do grão, com média diária de 2,474 mil toneladas. O valor médio da tonelada exportada ficou em US$ 232,60.
Na comparação com abril de 2024, houve retração de 46,8% na média diária de receita, redução de 17,7% na quantidade média diária exportada e queda de 35,4% no preço médio da tonelada.
O mercado segue atento aos desdobramentos do cenário internacional e à evolução da safra nacional, fatores que podem influenciar a dinâmica dos preços e das exportações nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio