Preparação Adequada do Tabaco Garante Bons Negócios para os Produtores

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Produtores de tabaco do Paraná e de outros estados recebem orientações sobre como preparar o produto para comercialização com qualidade, através de uma iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), em parceria com o Sistema FAEP e outras entidades do setor. O projeto distribui materiais como um vídeo e um folder explicativo que detalham os procedimentos de classificação e preparação do tabaco, conforme a Instrução Normativa (IN) 10/2007, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Esses materiais têm como objetivo garantir que o enfardamento do tabaco siga as diretrizes estabelecidas, com ênfase na utilização de folhas soltas. De acordo com a IN, o enfardamento em folhas monocadas, prática tradicional, deve ser evitado em favor de um processo mais recente e adequado para assegurar a qualidade do produto.

Cuidado com a Qualidade e a Preparação

Valmor Thesinv, presidente do Sinditabaco, destaca a importância de o produtor estar atento às características do enfardamento, que podem impactar diretamente na remuneração do produto. “A qualidade do tabaco brasileiro é reconhecida mundialmente, e é essencial garantir a integridade do produto durante todo o processo de preparação”, explica.

Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP, reforça que a parceria com entidades do setor visa proporcionar informações acessíveis e claras aos produtores. “Embora as orientações pareçam simples, elas são fundamentais para assegurar a qualidade do tabaco, um produto que é referência mundial”, observa.

O Brasil, que é o terceiro maior produtor de tabaco do mundo e líder na exportação, tem uma produção anual de cerca de 750 mil toneladas, com 95% da produção concentrada nos estados do Sul, principalmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Instruções de Preparação e Armazenamento

Os materiais explicam como o produtor deve separar as folhas de tabaco, descartando as verdes, ardidas e manchadas, além de retirar quaisquer materiais estranhos, como penas e fios de plástico. Após a separação, o tabaco deve ser armazenado adequadamente em paiol, com as folhas alinhadas e os talos voltados para fora da pilha, cobertos por pano de algodão para preservar sua qualidade.

Além disso, o vídeo e o folder detalham como preparar os fardos de 50 quilos, que devem ser amarrados com pelo menos cinco fios, sendo dois nas extremidades, e acompanhados de um cartão de identificação para rastreabilidade.

Ação de Conscientização para Todo o Setor

Thesinv destaca que o material está sendo distribuído a todos os 130 mil produtores de tabaco do Brasil, como parte de uma ação de conscientização e fortalecimento da cadeia produtiva. “Caso o tabaco não esteja dentro das especificações, com umidade excessiva ou presença de materiais estranhos, a indústria pode recusar o produto, gerando prejuízos para o produtor”, alerta.

O Sistema FAEP também enviou os materiais a 11 sindicatos rurais em municípios com maior produção de tabaco, como Guamiranga, Imbituva e Prudentópolis. Bruno Vizioli, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP, enfatiza que é crucial que os produtores e técnicos leiam e divulguem os materiais, tornando as informações acessíveis a todos os envolvidos na cadeia produtiva do tabaco.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio