As exportações de milho de Mato Grosso registraram queda expressiva no primeiro trimestre de 2025. De acordo com o boletim informativo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado embarcou 2,07 milhões de toneladas do grão entre janeiro e março, o que representa uma retração de 54,50% em comparação ao mesmo período de 2024. A principal causa da redução foi a menor oferta do cereal no mercado interno.
Esse cenário de escassez está diretamente associado à quebra de safra. A produção da temporada 2023/24 sofreu uma queda de 10,16% em relação ao ciclo anterior, o que comprometeu de forma significativa o potencial de exportação. Além disso, o ritmo acelerado de comercialização nos últimos meses esvaziou os estoques, restando apenas cerca de 503,53 mil toneladas disponíveis para negociação.
Segundo a análise do Imea, a redução nos embarques também reflete um comportamento sazonal. Nesta época do ano, é comum que as exportações de milho percam força diante do início do escoamento da safra de soja. Isso gera uma competição por infraestrutura logística, como armazéns e transporte, pressionando ainda mais os volumes exportados até o começo da próxima colheita.
A limitação na oferta interna pode impactar diretamente a formação dos preços nos próximos meses, além de afetar o planejamento de comercialização dos produtores rurais. Com menos milho disponível e uma demanda internacional ainda aquecida, o mercado tende a reajustar os valores pagos ao produtor.
Diante deste cenário, o setor produtivo mantém o foco na evolução das condições climáticas e do solo, fatores que serão cruciais para o desempenho da próxima safra, prevista para iniciar nos próximos meses. A produtividade da nova temporada será determinante para orientar os rumos das exportações e da logística de escoamento ao longo de 2025 em Mato Grosso.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio