A disputa pelo trigo da nova safra já começou no Rio Grande do Sul, segundo levantamento da consultoria TF Agroeconômica. Exportadores estão oferecendo R$ 1.400 por tonelada no porto, o que equivale a US$ 238 por tonelada em condições FOB. Enquanto isso, os moinhos propõem R$ 1.330 por tonelada no interior do estado. Em anos anteriores, é comum que os moinhos acompanhem os preços praticados no porto a fim de garantir o abastecimento.
A tendência para os próximos meses é de elevação nos preços, uma vez que dezembro costuma apresentar os valores mais baixos do ano. Atualmente, produtores pedem entre R$ 1.500 e R$ 1.550 por tonelada, ao passo que compradores falam em R$ 1.450. Algumas negociações já foram concluídas a R$ 1.465. Para dezembro, o preço futuro do trigo está cotado a R$ 1.400 por tonelada sobre rodas no porto. Na praça de Panambi, os preços da saca seguem em R$ 74.
Em Santa Catarina, os moinhos voltaram a buscar trigo de produção local, apesar da oferta restrita. Os valores pedidos se equiparam aos do Paraná, por volta de R$ 1.700 por tonelada, mas ainda sem aceitação por parte dos compradores. Os preços pagos aos produtores permanecem firmes: R$ 76/saca em Canoinhas, R$ 71 em Chapecó (mantendo-se estável pela terceira semana), R$ 79 em Joaçaba, R$ 80 em Rio do Sul, R$ 78 em São Miguel do Oeste (após alta de R$ 1,50) e R$ 80 em Xanxerê (segunda semana consecutiva neste patamar).
No Paraná, o mercado segue travado devido à escassez do cereal e às exigências elevadas dos vendedores. A média do CEPEA indica alta acumulada de 10,54% em 2025, com avanço de 0,84% no mês e 0,54% na semana. Os vendedores trabalham com a referência de R$ 1.700 por tonelada FOB, enquanto os moinhos aceitam esse mesmo valor em condições CIF para entrega em junho. Já o trigo de origem paraguaia é ofertado a US$ 280 no oeste do estado. No Rio Grande do Sul, a referência para novas movimentações segue em R$ 1.500 por tonelada.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
