A suinocultura brasileira segue em trajetória de estabilidade no mercado interno, mas com desempenho expressivo nas exportações. Segundo aponta o estudo do Agroinfo do Rabobank, as vendas externas continuam sendo o principal motor do setor, com destaque para a China, que mantém seu papel de maior compradora da carne suína brasileira.
Conforme o relatório, o consumo interno de carne suína apresentou pouca variação nos últimos meses, influenciado por fatores econômicos como a alta do custo de vida e o comprometimento da renda das famílias. A competição com outras proteínas de menor preço, como o frango, também restringe a expansão da demanda no mercado doméstico.
Por outro lado, o mercado internacional permanece aquecido, com embarques crescentes não apenas para a China, mas também para outros destinos como Hong Kong, Chile e Filipinas. A valorização do real tem trazido certo desafio à competitividade externa, mas a qualidade sanitária da produção brasileira e a oferta estável têm garantido a fidelidade dos compradores.
“O bom desempenho nas exportações tem sido crucial para manter o equilíbrio do setor, compensando a limitação da demanda interna e os custos de produção ainda elevados”, destaca o Rabobank em seu estudo.
No curto prazo, a expectativa é de que os embarques sigam firmes, especialmente com a possível reabertura de mercados e a ampliação de acordos comerciais. Ainda assim, o banco alerta que a margem dos produtores segue apertada, exigindo atenção à gestão de custos e à eficiência produtiva.
Fonte: Portal do Agronegócio
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