A Suzano, líder global na produção de celulose e referência internacional em bioprodutos à base de eucalipto, conectou mais de 100 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa por meio da implementação de corredores ecológicos em 2024. A iniciativa, destacada no mais recente Relatório de Sustentabilidade da companhia, integra o compromisso da empresa com a conservação da biodiversidade e contempla os biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia. A meta é interligar, até 2030, um total de 500 mil hectares de áreas prioritárias.
Desde que anunciou esse objetivo, em 2021, a Suzano já conectou 157.889 hectares — o que representa 20% do total previsto. Os corredores ecológicos são estabelecidos por meio do plantio de espécies nativas ou de modelos mistos que incluem eucaliptos, promovendo a ligação entre fragmentos isolados de florestas nativas. O objetivo é mitigar os efeitos da fragmentação dos biomas, que intensifica o risco de extinção de espécies e compromete serviços ecossistêmicos essenciais, como regulação climática, polinização, além da preservação da água e do solo.
Com o apoio do Instituto de Pesquisas Ecológicas, a companhia iniciou o monitoramento da biodiversidade nas áreas conectadas, utilizando tecnologias avançadas como gravadores autônomos para identificação de espécies por sons, além de análises de DNA ambiental extraído de amostras de insetos. O levantamento permitirá a criação de uma linha de base para compreender a diversidade biológica presente nos corredores ecológicos e em seus arredores.
Em 2024, a Suzano também passou a utilizar a métrica STAR (Species Threat Abatement and Restoration), ferramenta desenvolvida pela Integrated Biodiversity Assessment Tool (IBAT) em colaboração com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O recurso permite identificar com precisão as regiões onde estão concentradas espécies ameaçadas e as principais ameaças à biodiversidade. Outro instrumento adotado foi o BioScore, ferramenta que mede a biodiversidade a partir de métricas baseadas na ecologia da paisagem.
Parcerias estratégicas têm sido fundamentais para ampliar o impacto das ações da empresa. Um dos projetos mais emblemáticos é a conexão entre os parques nacionais Monte Pascoal e do Descobrimento, na Bahia, por meio de corredores ecológicos implantados em territórios indígenas. A iniciativa é fruto da colaboração entre a Suzano, a iNovaland (gestora de fundos de reflorestamento), o Fundo Ambiental Sul Baiano (FASB) e a etnia Pataxó.
Outro destaque é o acordo firmado com a International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, que viabilizará a conexão de 35 mil hectares de fragmentos nativos no Cerrado. Já com a Conservação Internacional (CI-Brasil), a Suzano firmou uma parceria voltada à restauração de ecossistemas e ao desenvolvimento socioeconômico de comunidades nos três biomas onde atua. Em 2024, a companhia também aderiu à plataforma Forest Allies da Rainforest Alliance, que promove a troca de boas práticas para o manejo responsável de florestas tropicais.
“O compromisso com a biodiversidade não é apenas uma meta da Suzano, mas também parte de um esforço colaborativo diante de um desafio global, que é a perda da biodiversidade. Cada corredor ecológico implementado fortalece os ecossistemas e abre novas possibilidades para as comunidades locais e o desenvolvimento sustentável. Para conectar os 500 mil hectares, é fundamental o engajamento de diferentes parceiros”, afirma Marina Negrisoli, diretora de Sustentabilidade da companhia.
Atualmente, a Suzano protege 1,1 milhão de hectares de vegetação nativa, o que corresponde a cerca de 40% de sua área total. Esse território inclui 72 Áreas de Alto Valor de Conservação e sete Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), reafirmando seu compromisso com a restauração ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Desde 1989, a empresa realiza o monitoramento da biodiversidade em suas áreas, tendo registrado mais de 4,5 mil espécies no Brasil, das quais 180 são endêmicas e 190 estão ameaçadas de extinção. Apenas no Parque das Neblinas, reserva ambiental da companhia administrada pelo Instituto Ecofuturo, foram identificadas 1.330 espécies — entre elas, quatro novas para a ciência e 41 em risco de extinção.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio