As cotações do açúcar nas principais bolsas internacionais registraram queda expressiva nesta segunda-feira (7), em meio à crescente apreensão dos mercados diante dos riscos de uma recessão global. A tensão foi intensificada após o pacote de tarifas comerciais anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na semana passada, que impactou diversos países ao redor do mundo.
De acordo com analistas ouvidos pela Agência Reuters, a postura firme de Trump em relação às tarifas tem alimentado temores de uma guerra comercial de grandes proporções, o que poderia enfraquecer a demanda global e desencadear uma recessão. “Donald Trump mostra poucos sinais de recuo em relação às tarifas comerciais impostas no final da semana passada. Os investidores temem que uma guerra comercial global possa levar a uma demanda mais fraca e, potencialmente, a uma recessão global”, afirmaram.
O novo pacote tarifário dos EUA inclui uma alíquota básica de 10% sobre exportações de praticamente todos os países para o mercado norte-americano, além de tarifas ainda mais elevadas para determinadas nações. Países asiáticos foram os mais impactados: a China, por exemplo, passou a enfrentar tarifas totais superiores a 50%, enquanto o Vietnã — maior produtor mundial de café robusta — teve taxação de 46%.
Quedas na ICE Futures de Nova York
Na bolsa ICE Futures dos Estados Unidos, os contratos futuros do açúcar bruto encerraram o dia com queda em todos os vencimentos. O contrato com vencimento em maio de 2025 recuou 16 pontos, negociado a 18,68 centavos de dólar por libra-peso, representando uma desvalorização de 0,8%. Durante a sessão, o preço chegou a atingir 18,62 cts/lb, o menor patamar em um mês. Os demais vencimentos registraram perdas entre 19 e 23 pontos.
Desvalorização também em Londres
Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também fechou em queda. O contrato com vencimento em maio de 2025 foi negociado a US$ 533,90 por tonelada, com recuo de US$ 4,40. Já o lote com vencimento em agosto de 2025 caiu US$ 5,80, sendo cotado a US$ 521,00 por tonelada. As demais posições registraram perdas entre US$ 4,40 e US$ 5,50.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio