Tensões tarifárias elevam volatilidade e impactam mercado de algodão no Brasil

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A semana foi marcada por instabilidade nos mercados internacionais, influenciada pela intensificação da guerra tarifária, que gerou apreensão quanto ao desempenho da economia global. Esse cenário de incerteza teve reflexos diretos sobre o mercado brasileiro de algodão, onde a volatilidade do câmbio e das bolsas travou as negociações. Tanto produtores quanto compradores adotaram uma postura cautelosa diante das incertezas.

Inicialmente, os preços internos permaneceram estáveis. No entanto, o mercado brasileiro acompanhou o movimento da Bolsa de Nova York e apresentou uma elevação moderada. Na quinta-feira (10), o algodão posto no CIF de São Paulo foi negociado a R$ 4,20 por libra-peso, representando uma alta de 0,48% em comparação à quinta-feira anterior (3), quando era cotado a R$ 4,18 por libra-peso. Em Rondonópolis (MT), o valor pago ao produtor pela pluma ficou em R$ 4,01 por libra-peso, equivalente a R$ 132,60 por arroba. Na semana anterior, a cotação era de R$ 4,00 por libra-peso (ou R$ 132,39 por arroba), o que representou uma alta semanal de 0,16%.

Relatório do USDA

O relatório mensal de oferta e demanda divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve a estimativa de produção norte-americana de algodão para a temporada 2024/25 em 14,41 milhões de fardos, mesmo volume projetado no mês anterior. A produção referente à safra 2023/24 foi mantida em 12,07 milhões de fardos.

As exportações dos Estados Unidos foram revistas para baixo, passando de 11 milhões para 10,9 milhões de fardos em 2024/25. Já o consumo interno foi mantido em 1,7 milhão de fardos. Com base nas projeções de produção, exportações e consumo, os estoques finais norte-americanos foram estimados em 5 milhões de fardos para 2024/25, frente aos 4,9 milhões previstos em abril. Para a temporada 2023/24, os estoques finais seguem estimados em 3,15 milhões de fardos.

No cenário global, a produção de algodão para 2024/25 foi projetada em 120,89 milhões de fardos, ligeiramente abaixo dos 120,96 milhões estimados no mês anterior. Para a safra 2023/24, a estimativa é de 112,98 milhões de fardos.

As exportações mundiais foram estimadas em 42,33 milhões de fardos, recuo em relação aos 42,71 milhões projetados anteriormente. O consumo global foi ajustado para 116,02 milhões de fardos, ante os 116,54 milhões estimados em março. Os estoques finais globais para 2024/25 foram elevados para 78,86 milhões de fardos, frente aos 78,33 milhões do mês passado. Na safra 2023/24, os estoques eram de 73,74 milhões de fardos.

Entre os principais países produtores, a expectativa é de que a China produza 32 milhões de fardos em 2024/25, ligeiramente acima dos 31,75 milhões estimados anteriormente. A projeção para o Paquistão permanece em 5 milhões de fardos, enquanto o Brasil deve colher 17 milhões de fardos, sem alterações em relação ao relatório anterior. Já a produção indiana continua estimada em 25 milhões de fardos.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio